Até quando ficarão impunes os crimes de coração?
Até quando as vítimas terão que calar-se em sua própria indignação enquanto os malfeitores
seguem livres e sorridentes em busca das próximas? Até quando os homens frios
poderão andar sossegados como se não cometessem crime algum? Pois lhes digo que
deveriam ser julgados e enjaulados para que jamais pudessem fazer sofrer uma
alma feminina. De que tipo de crime falo? Dos de mentira principalmente,
inverdades que dilaceram corações inocentes. Não seriam desvios de caráter, de
conduta? E não são os desvios de conduta crimes? Pois bem, deveriam ser jugados
e condenados.
Poderíamos ter órgãos responsáveis. Que tal: “Primeira
Vara em Defesa de Crimes Cardíacos”? Com certeza eu faria um disque-denúncia! Já
imaginou poder salvar aquela amiga que não entende que é abusada, ou aquela
conhecida que você não tem intimidade para falar? E seriam eles presos, e
arrisco mais, poderiam ser reabilitados (por que isso só pode ser doença) e só poderiam
ser libertos quando fossem potenciais futuros maridos perfeitos e aptos,
portanto, ao convívio em sociedade. Enviaria para um exílio numa ilha perdida
aqueles que não têm jeito – porque realmente eles existem.
Só faço uma última ressalva: que exista uma antessala,
nessa minha delegacia, para as “mulheres-loucura”, aquelas que gostam de ser
enroladas – realmente precisam de tratamento. Mas que se punam, e um dia se
findem, os crimes de coração!
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