A
linda crueldade do amor romântico às vezes sufoca. Sufoca quando se pensa na
fria realidade que nos envolve. Estatisticamente, amores são raros. 90% das
relações românticas são ilusões – isso quando conseguem tornarem-se relações.
Então, por que ainda insistimos em pensar que faremos parte nos 10%? Iludidos
amantes que somos. Qualquer afago, qualquer olhar, qualquer palavra traduz-se
em amor em nossas, principalmente femininas, mentes carentes. Mentes que se
conformam em sonhar com o improvável. “Os sonhos alimentam as nossas vidas” Um
conjunto de sonhos, sim. Mas não se pode permitir que apenas este sonho
específico guie-nos, diante do iminente fracasso.
Que sejamos surpreendidos
sim, mas que em pensar que seríamos infelizes no amor; caso contrário não é
surpresa, é ilusão. Que a nossa vida seja cheia de “planos B” e que no meio de
um ou alguns deles encontremos o “plano A”. A
ordem dos fatores não altera o produto: é o que a matemática nos ensina e é
verdade.
Não façamos de nossos corações ilhas privadas, antes que sejam lindas
pombas livres, prontas para o vôo, sábias, alimentadas e com um GPS nas mãos
para guiar a vida – e talvez mudar o rumo. E que os nossos vôos nunca sejam
rasos... Devemos todos os dias aprender a amar sem nos importar a quem.
O amor
romântico, provavelmente é a faceta mais egoísta do mais supremo e celestial
amor. Se não aprendermos amar em larga escala, nunca saberemos amar em pequena.
E se não soubermos amar, cada vez mais regaremos as terras da ilusão. Acredito
que ilusão não é o “plano A” de ninguém, portando amemo-nos uns aos outros
primeiro!
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